sexta-feira, 20 de maio de 2011

A centralidade de Cristo

Atualmente são muitas as vozes que ecoam em nossas mentes. Elas nos pressionam quanto aos afazeres e as responsabilidades deste mundo. Contudo, em muitos casos, nós mesmos criamos essas vozes ao nos preocuparmos com o que devemos fazer para Deus, qual papel devemos ocupar no Reino, o que podemos fazer para agradarmos ao Senhor. Esquecemos que não precisamos ficar ansiosos (Mateus 6:25; Filipenses 4:6).

Muitas vezes pensamos que por estarmos preocupados demasiadamente com a obra de Deus temos uma mente correta. Só que o nosso servir não é um fim em si mesmo. Devemos vigiar para que em nossa mente não ecoem somente tais preocupações.

O fato é que o Senhor Jesus precisa ser o centro de nossos pensamentos e o nosso combustível para viver. Sem Ele não há Reino, Evangelho, nem esperança de vida pra nós, pois Ele foi o Cordeiro da propiciação pelos nossos pecados. Em João 6:35 Jesus afirma “Eu sou o pão de vida”.

Temos a urgente necessidade de reconhecer a centralidade de Cristo como a única maneira de vivermos plenamente e agradarmos ao Pai. E não apenas reconhecermos, mas conhecermos, ou seja, entendermos de tal forma esse princípio até vivermos com Cristo no centro de nossa existência.

Podemos conhecer Jesus e ter um relacionamento com Ele. SÓ ASSIM SEREMOS COMPLETOS. Ele é a Palavra Viva (João 1), Ele é o Verbo. Como poderemos cumprir a Palavra (obras) sem conhecê-la? Parece que muitos cristãos hoje em dia não reconhecem a profundidade desta realidade:


"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo que enviaste" – João 17:3.

A vida eterna é conhecer o Senhor! Deixar que a vida Dele encha-nos e todos os aspectos da nossa vida girem em torno Dele. ELE NO CENTRO! Se Cristo hoje estivesse no centro da sua vida você não se sentiria tão normal ao fazer algo que Ele abomina. Você se sentiria mais realizado e completo, confiaria 100% no amor Dele por você. Com Ele no centro, boas ações não são meramente atos mecânicos para limparmos nossas consciências, mas são o reflexo de uma vida transformada.

Não adianta querermos cumprir toda a Bíblia sem Jesus. Ele é a pessoa mais importante da Bíblia:


"Os quatro Evangelhos são, por todos os critérios, a parte mais importante da Bíblia. São mais importantes do que o resto da Bíblia e mais importantes do que a soma de todos os livros do mundo inteiro. Melhor seria ficar sem o conhecimento de tudo mais, do que ficar sem o conhecimento de Jesus Cristo. Os livros da Bíblia que precedem os evangelhos estão antecipando, anunciando e contemplando o herói dos quatro evangelhos; e os livros posteriores estão procurando explicá-lo melhor."¹


Conhecer Jesus não é só realmente importante, é vital! Na igreja estudamos sobre vários temas, entretanto, o tema mais importante deve ser conhecer Jesus – isso inclui teoria, mas, principalmente, muita prática.

Jesus nos quatro Evangelhos
Os quatro Evangelhos nos dão quatro visões diferentes de Jesus. Não há outro homem na Bíblia que tenha quatro versões de sua vida registradas. Davi, por exemplo, teve duas versões (2 Samuel e 1 Crônicas).

Através do estudo dos quatro Evangelhos podemos conhecer as características do nosso Senhor, muito sobre seus ensinamentos, e a melhor parte em minha opinião: sua morte e ressurreição, que nos possibilitam ter uma nova vida. Porém, mais do que simplesmente saber, precisamos da revelação de sua pessoa.


Jesus no Evangelho de Mateus

O livro de Mateus foi escrito principalmente para os judeus e é por isso que possui muitas citações do Velho Testamento, porque para os judeus isso é importante. Esse Evangelho enfatiza a figura de Jesus como um rei (Rei de Israel).

Mateus não o escreveu em ordem cronológica, mas o organizou em tópicos. O sermão do monte, por exemplo, é uma coletânea de vários ensinamentos que podemos encontrar espalhados no livro de Lucas. Mateus era um dos doze discípulos e viu o Senhor de perto.


Jesus no Evangelho de Marcos

Este Evangelho foi escrito para os romanos, por isso é mais curto e cheio de ação. Os romanos eram muito práticos. Marcos é um livro mais focado nos acontecimentos. Ele usa palavras enfáticas como “imediatamente” e “logo”. Este livro mostra Jesus como servo e seu poder para libertar. Marcos foi discípulo de Pedro.


Jesus no Evangelho de Lucas

O livro de Lucas foi escrito para os gregos e enfatiza a humanidade de Jesus. Ele mostra as atitudes de Cristo e tem mais parábolas do que os outros Evangelhos. Lucas era médico e parece que era um gentio convertido ao judaísmo. Pode ser talvez o único autor não-judeu da Bíblia. Ele não conheceu o Mestre pessoalmente, mas foi discípulo de Paulo. Pela riqueza de detalhes, provavelmente entrevistou pessoas próximas a Jesus pra escrever seu Evangelho.


Jesus no Evangelho de João

João escreveu seu livro em um estilo totalmente diferente dos outros. Podemos perceber tal estilo já no primeiro verso do primeiro capítulo: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus...” Isso pode vir do fato de que ele era o discípulo mais próximo do Mestre (Jo 13:23-25; 19:26; 21: 20-24;). Seu Evangelho possui um nível de revelação muito alto. João era pescador, mas escreveu a grande revelação de Jesus – o Apocalipse. Esse Evangelho tem como enfoque a divindade de Jesus.


Os Evangelhos mostram que Jesus nasceu gerado pelo Espírito Santo de uma virgem, viveu na Terra e fez muitos milagres. Porém, como já dito anteriormente, a “melhor parte” é sem dúvida sua morte e ressurreição.


Dados:
 Um terço dos livros de Mateus e Marcos, um quarto do livro de Lucas e metade do livro de João falam da última semana da vida de Jesus.
 Dois Evangelhos falam sobre o nascimento de Jesus (Mateus e Marcos).
 Se apurarmos todos os acontecimentos da vida de Jesus nos quatro Evangelhos, temos no total apenas uns quarenta dias.


Os Evangelhos e os quatro seres viventes

Cada um dos quatro Evangelhos mostra o Senhor Jesus como um dos quatro seres viventes:

-Mateus – Jesus como rei – o leão
-Marcos – Jesus como servo – o boi
-Lucas – Jesus como filho do homem – o homem
-João – Jesus como o filho de Deus, visão celestial de Jesus – a águia

Não é por acaso que temos quatro Evangelhos em vez de três ou cinco. Os quatro revelam os quatro ângulos pelos quais podemos ver Jesus. Precisamos vê-lo! Isso requer vontade da nossa parte. Ver Jesus, conhecê-lo e testemunhá-lo fala de intimidade e amizade que precisamos ter.

Os discípulos escreveram os Evangelhos porque O conheciam, mesmo que não pessoalmente. Quando o Senhor for o centro em nós, seremos cartas vivas.
Convido você a embarcar nessa jornada comigo. Ele como o Centro! Só assim teremos vida eterna. Amém!

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

¹Texto inspirado na série "As nove divisões da bíblia" de John Walker

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