quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Compreendendo as alianças (Parte I)



Muitas vezes não damos a importância devida às escolhas de nossos relacionamentos. Conexões com pessoas diferentes vão acontecendo com certa naturalidade até criarmos, com o tempo, algum tipo de aliança com elas sem realmente pensarmos em suas implicações futuras. Estudando algumas passagens bíblicas pude perceber que nossas ligações afetivas interferem de maneira contundente em nosso destino. Precisamos estar atentos: A quem estamos ouvindo? Que exemplo estamos seguindo? Com quem estamos nos abrindo?

O primeiro exemplo que ressalto na Bíblia é a vida de Roboão, filho de Salomão e sucessor direto do reino de Israel, registrada em 2 Crônicas 10. Após a morte de seu pai, Roboão assume o trono com a enorme responsabilidade de ser tão grande quanto Salomão. No entanto, logo no início de seu governo ele se depara com uma grave crise. O povo, liderado por Jeroboão, lhe propõe o seguinte: “Teu pai pôs um jugo pesado sobre nós; agora, alivia a dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos.”

Primeiramente Roboão buscou o conselho dos anciãos para resolver tal questão. Eles lhe aconselharam a realizar o desejo do povo, pois assim este lhe serviria fielmente com alegria. Porém, Roboão não se agradou deste conselho e buscou o conselho dos mais jovens que haviam crescido com ele. Estes amigos lhe aconselharam a dizer ao povo: “Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu aumentarei ainda mais o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” E assim fez Roboão. Ele se agradou deste conselho e deu esta resposta ao povo. Isto lhe custou o reino, pois o povo se rebelou contra ele ao ponto de quase começar uma guerra civil.

Uma decisão errada, gerada por conselhos de pessoas erradas, dividiu o reino de Israel para sempre. Será que isso pode acontecer conosco? Claro que sim. Uma atitude pode mudar o rumo da história.

Outro texto igualmente exemplar se encontra em 2 Crônicas 22. Este capítulo descreve o reinado de Acazias, um rei que não agiu corretamente ao tomar decisões erradas: “Ele também seguiu os caminhos da família de Acabe, porque sua mãe era sua conselheira para fazer o mal. Ele fez o que era mau diante do Senhor, como fez a família de Acabe ; porque eram seus conselheiros depois da morte de seu pai para a sua desgraça.”

A Bíblia relata o infortúnio deste homem, que não teve bons conselheiros, tampouco se cercou de pessoas que o instruíssem corretamente segundo a vontade do Senhor.

Podemos, então, afirmar que se não tivermos pessoas que amam ao Senhor do nosso lado, e em aliança conosco, corremos o risco de tomarmos decisões que nos trarão ruína, perdição. Contudo, se for o contrário, ou seja, se andarmos na luz com irmãos que nos aconselhem e nos amparem, experimentaremos a graça de vivermos em unidade com pessoas que certamente nos ajudarão a cumprir a vontade do Pai na Terra.

Hoje precisamos andar em aliança, como Davi e Jônatas. Eles estavam juntos, tinham um mesmo objetivo. Alianças com pessoas certas tiram o foco de nós mesmos e nos ensinam a nos preocuparmos com nossos irmãos e com os outros. Amigos de verdade mostram nossos defeitos e nos ajudam na nossa caminhada em direção à vontade de Deus.

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta