terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mas Será que Nossas Crianças não Precisam de Atividades na Igreja?

Minha intenção aqui não é ser polêmica. Contudo tenho refletido sobre este tema e encontrei nas palavras de Wayne Jacobsen e Dave Coleman argumentos coerentes com minha linha de raciocínio. A intenção então é refletir. Que efetivas práticas a igreja tem tomado que nos leva ao insucesso quanto a educação de nossas crianças?

"Eu diria que o que elas precisam realmente é ser integradas à vida de Deus por meio da comunhão com os demais fiéis. Noventa e dois por cento das crianças que frequentam regularmente as escolas dominicais dotadas de todo tipo de entretenimento sofisticado abandonam a 'igreja' quando deixam a casa dos pais. Em vez de encher nossos filhos de regras morais e regulamentos, precisamos mostrar-lhes como viver juntos na vida de Deus.
Os próprios sociólogos nos dizem que o principal fator que leva uma criança a florescer em sociedade é possuir amizades pessoais profundas com outros adultos além de seus parentes próximos. Nenhuma escola dominical é capaz de cumprir essa função. Conheço uma comunidade na Austrália cujas famílias, após 20 anos compartilhando a vida de Deus, podem dizer que nem uma única de suas crianças abandonou a fé na idade adulta. Sei que estou remando contra a maré, mas é muito mais importante que nossos filhos experimentem a verdadeira comunhão entre fiéis do que a badalação de um programa para crianças bem-comportadas."

Quando li este trecho que se encontra no livro "Por que você não quer mais ir à igreja? (editora sextante) senti que não estou sozinha! Realmente outros pensam desta forma. Não sou contra trabalhos específicos para crianças na igreja, porém considero ser muito mais importante a participação das mesmas na vida do corpo e nas reuniões onde toda a igreja está inserida.

Minha oração nesses dias é para que a igreja tenha a revelação da verdadeira comunhão e de sua vital importância para a existência do corpo de Cristo. Sem mais palavras, deixo o lugar para a reflexão.

Danielly F. Bravo

sábado, 12 de novembro de 2011

Uma reflexão sobre o Natal

...Natal é uma destas fortalezas da mente. Não tinha sido celebrado em forma alguma antes do século três.Alexander Hislop explica, “Bem antes do século quatro, e bem antes da própria era cristã, um festival era celebrado entre os pagãos, precisamente naquela época do ano, honrando o nascimento do filho da rainha babiloniana dos céus; e pode se presumir, com justiça, que, para conciliar os pagãos, e para inflar o número de aderentes nominais do Cristianismo, o mesmo festival foi adotado pela Igreja Romana, dando somente o nome de Cristo.

Tomaram esta celebração estritamente pagã e colocaram Jesus no centro dela. Roma instituiu uma missa que foi chamada de Cristo-missa: Christmas em inglês. Sempre foi, é agora, e sempre será um festival pagão. Cresceu com o passar dos séculos para se tornar o insulto a Deus; encantado, mágico, e movido a comércio que é hoje em dia. Ficamos hipnotizados por ele. Viciados nele. Escravos dele. Endividados a ele. Dennis Loewen diz, “Natal é outro exemplo de quão poderoso é o falso espírito vivente da prostituição. Existe um espírito de Natal. É caloroso; é maravilhoso; é bom [...] e não é de Deus.”

O mundo ama o Natal tanto quanto os cristãos. O que isto nos diz? Uma celebridade “cristã” disse na rede nacional de televisão que Natal é três coisas: “decoração, dar presentes, e comer.” Temos que saber que o que o mundo ama não pode ser de Deus. O apóstolo João nos exorta, “Não ameis o mundo,nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” 1João 2:15-16.

O fato de que a maioria das coisas que as pessoas fazem no Natal ter suas raízes neste festival pagão deveria ser razão suficiente para cristãos não celebrá-lo – a árvore e as luzes, as velas, o visco, a troca de presentes, os bolos, o peru, a bebedeira, e até a data de 25 de dezembro. O fato de esta estação ser tão comercial hoje em dia deveria aumentar o nosso desprezo por ela. Porém, o verdadeiro tapa na cara de Deus é que amamos estas coisas almáticas mais do que a obediência a Ele. São fortalezas emocionais nas nossas mentes. Nos faltaria bom juízo se acreditamos que podemos implacavelmente celebrar estes dias e estações e permanecer livres dos seus fascínios.

A idéia de não celebrar o Natal é uma afronta tão grande para outros que a maioria não conseguiria desistir dele mesmo que ficassem convencidos de que seja uma abominação para Deus. Nos acham leprosos se não participamos dele. Buscamos agradar mais aos homens do que a Deus.

Já ouvi o clichê desde minha infância de “colocar Cristo de volta no Natal. Bem, durante anos tenho pensado e agora ouso dizê-lo: Em vez de colocar Jesus de volta num festival pagão onde Ele nunca pertenceu, tiremos Ele totalmente e devolvamos o festival ao mundo a quem ele pertence. Afinal, a Bíblia nunca pediu esta celebração, e Jesus nunca imporia tal escravidão enlouquecedora em nós. Paulo escreveu, “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.” Gl 5:1. É isto que devemos ensinar aos nossos filhos.
Natal é um daqueles “lugares altos” que a maioria de nós parece indisposta a derrubar, mesmo sabendo como Deus se sentiria a respeito. Nossas mentes estão decididas. “Eu gosto do Natal,” uma jovem mãe me disse. O resto da frase estava implícita, “Então vou festejá-lo.” Construímos presépios nos jardins e colocamos Papai Noel que brilha no escuro ao lado deles. O rapaz no caixa do mercado ilustrava muito simplesmente esta mistura. Ele vestia um gorro de Papai Noel na cabeça e um colar escrito “O Que Jesus Faria?” no pescoço. Bem, Jesus não usaria aquele gorro!
Depois que contei a uma querida velhinha a razão de eu não mais festejar o Natal, ela respondeu, “Mas eu não penso em deuses pagãos quando olho para minha árvore de Natal. Eu penso em Jesus.” Me parecia razoável. Perguntei a Deus a respeito. Ele respondeu. “O que você pensaria se pegasse sua esposa no adultério, e ela respondesse, ‘Mas, querido, eu pensava em você o tempo todo’?”

Muitas pessoas raciocinam, “fazemos pelas crianças.” Se Natal e idólatra para os pais, então porque os pais querem sacrificar seus filhos a esses ídolos?...

Extraído do Livro “O sistema da Igreja Prostituta”de Charles Newbold, 2007

Danielly F. Bravo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O pulsar do coração de Deus

Acredito com fervor que estamos vivendo os últimos dias. Estes são marcados pelo alinhamento entre a vontade de Deus e o seu cumprimento na Terra através da igreja. Mas para que ocorra esse alinhamento, precisamos ouvir o coração de Deus. Será que estamos ouvindo Seu coração? Qual será Seu maior desejo? Se a Bíblia fosse uma grande música, você saberia cantar o refrão?

Para compreendermos o pulsar do coração de Deus, precisamos necessariamente olhar para o princípio de nossa história: a Criação. O Senhor, Iahweh, criou o homem para um propósito: relacionamento. Deus e Adão relacionavam-se no Jardim e eram semelhantes, pois a glória do Senhor se refletia nele. Deus tinha um representante da Terra, confiou-lhe Seu belíssimo Jardim e domínio sobre todos os outros seres. Mas, como sabemos, o homem caiu no engano da serpente e pecou. Adão e Eva deixaram de refletir a vontade de Deus na Terra, mas o coração de Deus continua pulsando, pulsando, pulsando por uma só coisa...

Ao lermos a Bíblia de capa a capa, seguindo a ordem em que seus livros foram colocados, podemos sentir esse pulsar através das alianças que Deus fez com Noé, Abraão, Moisés, Davi e também conosco. Podemos ouvir esse refrão ecoando na voz dos profetas, dos apóstolos, dos salmistas. E você? Já descobriu o que Deus mais falou na história? Ele disse e continua dizendo:

“Vós sereis meu povo e eu serei o seu Deus.”

Esse refrão se repete 23 vezes com toda a força e a intensidade de um coração apaixonado:

Êxodo 6:7 “Eu os farei meu povo e serei o Deus de vocês. Então saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, que os livra do trabalho imposto pelos Egípcios.”

2 Samuel 7:24 “Tu mesmo fizeste de Israel o teu povo peculiar para sempre, e tu, ó Senhor, te tornaste o seu Deus.”

Jeremias 7:23 “ Dei-lhes, entretanto, esta ordem: Obedeçam-me, e eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo...”

Ezequiel 14:11 “ Isso para que a nação de Israel não se desvie mais de mim, nem mais se contamine com todos os seus pecados.Serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.”

2 Coríntios 6:16 “Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

Apocalipse 21:3 “Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus.”

Esse refrão é ainda mais presente nos livros de Ezequiel e Jeremias, quando o povo de Israel passava por uma fase muito ruim. Por essa perspectiva, nota-se que o desejo do coração de Deus não está condicionado ao desempenho de Seu povo. Se olharmos para nossa situação na Terra, veremos o quanto somos dispersos e pecadores. Como o mundo tem sido enganado pelo inimigo! Isso pode nos levar a pensar que Deus desistirá de ter um povo, afinal, somos uma raça que não tem jeito! Mas o cumprimento do propósito eterno de Deus não depende nós. Ele fará. Já está escrito. Basta lermos o livro de Apocalipse – o Seu povo se levantará, pois o sangue já foi derramado!

Seremos nós esse povo? Poderemos nós fechar a história? Certamente que sim, se o ouvirmos e deixarmos que a Sua voz, o Seu coração e os Seus desejos nos inflamem também. Quanto mais nos aproximamos Dele, mais somos contagiados pelo Seu coração.
Em Êxodo 32 podemos ver Moisés contagiado de uma ira Santa, pois o povo adorou ao bezerro de ouro e traiu o Senhor, o único e verdadeiro Deus. Certamente Moisés foi um homem incendiado pelo zelo e pela paixão do Senhor diferentemente de Arão, que foi conivente a traição. Qual é a diferença entre os dois? Por que um traiu ao Senhor e o outro se enfureceu de Zelo? Moisés falava face a face com Deus, que lhe revelava o coração. Amo essa declaração: “Quem é pelo Senhor, junte-se a mim!” Ela revela o coração de Moisés. Sem titubear, ele tinha uma posição claramente definida. Essa foi uma grande declaração de amor, e das boas...

Davi era outro homem inflamado. Conhecia o coração de Deus e seus salmos estão cheios de palavras de paixão e zelo. “Não entrarei na minha tenda, e não me deitarei em meu leito; não permitirei que os meus olhos peguem no sono nem que as minhas pálpebras descansem, enquanto não encontrar um lugar para o Senhor, uma habitação para o poderoso de Jacó” (Sl 132:3-5).

Gostaria de destacar, por último, o apóstolo Paulo. Ele também conseguiu ouvir e sincronizar sua vida com as batidas do coração de Deus. É incrível ver o zelo desse homem pela causa do Evangelho de Cristo. Ele entendeu a idéia de Deus e Seu desejo de ter um povo. Apregoou a inserção dos gentios (nós) no plano do Senhor.

Assim como esses homens, precisamos entrar em um nível de intimidade com o Senhor, de modo que Ele possa nos revelar Seu coração e nos inflamar com Seus desejos. Essa é a vontade do Senhor, construída gradativamente através da história. Ele não desistiu de ter um povo. Creio que Deus está marcando pessoas ao redor do mundo, judeus e não judeus, com esta mensagem e que Ele irá nos levar a um lugar de amizade em que poderemos ser cheios de Sua verdade e propósito, ouviremos o Seu pulsar, a Sua canção, e também a cantaremos aqui na Terra. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Amém!


Danielly F. Bravo
Revisão de Luciano Motta
Texto baseado nas aulas de Eliza Walker no Curso de Preparação Profética Intensivo 2011.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Compreendendo as Alianças (Parte II)

A palavra “aliança” pode ser entendida como um compromisso ou uma associação entre duas ou mais pessoas. Esse tema percorre toda a Escritura. O próprio Deus opera por meio de alianças com homens e mulheres, a fim de estabelecer o Seu propósito na Terra. Essas alianças envolvem nossas vidas e nosso destino.

A finalidade de uma aliança é trazer realização para que se consiga atingir uma missão desejada. Aliança não é um relacionamento universal e, sim, específico. Não podemos – e nem devemos – ter aliança com todas as pessoas que conhecemos. Em Deuteronômio 7:2-5 podemos ver o Senhor advertindo o povo a não fazer aliança com outros povos. Por quê? Eles certamente desviariam a atenção do povo quanto ao Seu propósito. Da mesma forma nós não devemos nos associar com quem não nos ajuda a correr para o alvo, mesmo que esta pessoa seja cristã.

Vejamos a seguir alguns pontos relevantes para a construção de alianças segundo a vontade de Deus:

1- Precisamos conhecer a aliança de Deus conosco.
Para termos aliança uns com os outros primeiramente precisamos nos ver como povo de Deus e conhecermos Suas alianças através da história. Desta forma entenderemos a importância e o valor de uma verdadeira aliança. Precisamos nos enxergar como povo Dele para compreendermos como as alianças feitas com Adão, Abraão, Moisés, Davi, dentre outros, também nos alcançam e nos afetam. Para um estudo mais específico, leia “As Sete Alianças” (Worship Produções).

2- Precisamos saber qual é a nossa missão.
Como já foi dito anteriormente, as alianças nos ajudam a realizar completamente a missão que Deus nos confiou. Talvez você não saiba com total clareza qual é sua missão específica. Contudo, geralmente temos uma idéia do que podemos fazer no Reino. Com isso, temos também uma ideia do que não podemos fazer. Uma vida de íntimo relacionamento com o Pai nos leva ao entendimento de quem somos e de qual é a nossa missão.

3- Devemos fazer alianças com as partes do Corpo que sejam próximas a nós.
A importância de entendermos nossa missão implica em entendemos nosso lugar. Um braço no Corpo teria natural aliança com uma mão ou um ombro, não com uma perna (Efésios 4: 12-16). As alianças devem ser feitas com pessoas que tenham uma compatibilidade com seu propósito específico.

4- O relacionamento de aliança é feito entre poucas pessoas.
“É impossível que uma pessoa tenha um relacionamento de aliança, que seja realmente significativo, com toda a comunidade redimida do mundo todo... Os sociólogos ensinam que cada pessoa pode ter um relacionamento significativo com apenas doze pessoas, no máximo. Os cientistas mostram que na estrutura atômica do universo, o número máximo de átomos que podem ter contato direto entre si é doze” (Ern Baxter). O próprio Jesus escolheu doze discípulos para ter aliança e relacionamento íntimo... Você tem algum amigo ou conhece alguém que é amigo de todo mundo? Na realidade se ele é amigo de todo mundo, então não é amigo de ninguém. Seu relacionamento é extenso como o mar, porém profundo como uma piscina de neném!

5- A aliança não é feita de uma hora para outra.
Existe uma progressão. Acontecimentos nos unem a esse ou àquele irmão. Não fazemos aliança com qualquer pessoa.

6- Custa a nossa vida.
A aliança custa a nossa vida. Até chegarmos ao ponto de darmos tudo pelo irmão leva tempo, dinheiro e muitas outras coisas. Leia 2 Samuel. A história de Davi e Jônatas é um exemplo para nós.

7- Revela quem somos

Não há momento mais tentador para roubarmos a glória de Deus do que quando estamos realizando a vontade Dele. Pois quando tudo está dando certo, precisamos nos lembrar de que não somos super heróis! Somente aliançados com Ele e com irmãos que nos revelem a sua vontade, conseguimos expor nossa nudez e fragilidade, para que Ele receba toda a glória.

Danielly F. Bravo
Revisão de Luciano Motta

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Compreendendo as alianças (Parte I)



Muitas vezes não damos a importância devida às escolhas de nossos relacionamentos. Conexões com pessoas diferentes vão acontecendo com certa naturalidade até criarmos, com o tempo, algum tipo de aliança com elas sem realmente pensarmos em suas implicações futuras. Estudando algumas passagens bíblicas pude perceber que nossas ligações afetivas interferem de maneira contundente em nosso destino. Precisamos estar atentos: A quem estamos ouvindo? Que exemplo estamos seguindo? Com quem estamos nos abrindo?

O primeiro exemplo que ressalto na Bíblia é a vida de Roboão, filho de Salomão e sucessor direto do reino de Israel, registrada em 2 Crônicas 10. Após a morte de seu pai, Roboão assume o trono com a enorme responsabilidade de ser tão grande quanto Salomão. No entanto, logo no início de seu governo ele se depara com uma grave crise. O povo, liderado por Jeroboão, lhe propõe o seguinte: “Teu pai pôs um jugo pesado sobre nós; agora, alivia a dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos.”

Primeiramente Roboão buscou o conselho dos anciãos para resolver tal questão. Eles lhe aconselharam a realizar o desejo do povo, pois assim este lhe serviria fielmente com alegria. Porém, Roboão não se agradou deste conselho e buscou o conselho dos mais jovens que haviam crescido com ele. Estes amigos lhe aconselharam a dizer ao povo: “Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu aumentarei ainda mais o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” E assim fez Roboão. Ele se agradou deste conselho e deu esta resposta ao povo. Isto lhe custou o reino, pois o povo se rebelou contra ele ao ponto de quase começar uma guerra civil.

Uma decisão errada, gerada por conselhos de pessoas erradas, dividiu o reino de Israel para sempre. Será que isso pode acontecer conosco? Claro que sim. Uma atitude pode mudar o rumo da história.

Outro texto igualmente exemplar se encontra em 2 Crônicas 22. Este capítulo descreve o reinado de Acazias, um rei que não agiu corretamente ao tomar decisões erradas: “Ele também seguiu os caminhos da família de Acabe, porque sua mãe era sua conselheira para fazer o mal. Ele fez o que era mau diante do Senhor, como fez a família de Acabe ; porque eram seus conselheiros depois da morte de seu pai para a sua desgraça.”

A Bíblia relata o infortúnio deste homem, que não teve bons conselheiros, tampouco se cercou de pessoas que o instruíssem corretamente segundo a vontade do Senhor.

Podemos, então, afirmar que se não tivermos pessoas que amam ao Senhor do nosso lado, e em aliança conosco, corremos o risco de tomarmos decisões que nos trarão ruína, perdição. Contudo, se for o contrário, ou seja, se andarmos na luz com irmãos que nos aconselhem e nos amparem, experimentaremos a graça de vivermos em unidade com pessoas que certamente nos ajudarão a cumprir a vontade do Pai na Terra.

Hoje precisamos andar em aliança, como Davi e Jônatas. Eles estavam juntos, tinham um mesmo objetivo. Alianças com pessoas certas tiram o foco de nós mesmos e nos ensinam a nos preocuparmos com nossos irmãos e com os outros. Amigos de verdade mostram nossos defeitos e nos ajudam na nossa caminhada em direção à vontade de Deus.

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como as outras nações?

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxodo19:5,6)

O Senhor sempre desejou um Reino de sacerdotes e um povo peculiar. Ele criou Adão e Eva para serem sua imagem na Terra e possuirem um relacionamento com Ele de comunhão e confiança. Através de Abraão e de sua descendência, o Senhor sonhou com um povo na Terra que fosse só Dele.

Hoje, através da Nova Aliança com Jesus, cremos que somos esse povo desejado pelo Senhor desde a fundação do mundo. Somos uma Nação Santa, separada para a comunhão com o Pai. Uma nação que não se amolda aos padrões deste mundo, e que anunciará o ano aceitável do Senhor. A um certo ponto desta afirmação começo a me questionar se realmente estamos agindo de acordo com esta Aliança.

Em 1 Samuel 8 vemos claramente o povo de Deus pedindo um rei para que eles pudessem ser como as outras nações: “Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel. E disseram: Não importa! Queremos um rei sobre nós, para que sejamos como todas as demais nações, e para que o nosso rei nos julgue, nos lidere e lute em nossas batalhas” (Vs 19 , 20). O povo queria um rei, mas Deus mesmo queria ser esse Rei. Eles queriam ser como os outros povos rejeitando a aliança de Deus com seu pai Abraão.

Essa passagem traz consigo uma reflexão sobre os nossos dias. Como temos vivido nossas vidas? Como uma Nação Santa ou como as demais nações? Ou pior: estamos querendo ser Nação Santa, mas desejando a estrutura de outros reinos? Estamos preocupados com nosso bem estar, e nos comparando a outros?

Deus tem um plano peculiar para seu povo. Se somos realmente esse povo, precisamos segui-lo e não desejar as coisas de outros reinos. Ele é o nosso Rei, Ele supre todas as nossas necessidades. Não precisamos desejar as iguarias da Babilônia (Dn1:8) e, sim, nos fortificarmos com o alimento espiritual vindo diretamente do trono de Deus. O mundo possui muitas cores e muitas coisas que, para muitos, podem ser atraentes: carro, dinheiro, fama, etc. Mas aqueles que estão firmados na Aliança do Senhor não possuem o coração nestas coisas e nem as desejam, porque não pretendem ser como as pessoas deste mundo. Seus corações estão firmes no Senhor e suas convicções não mudam com a moda.

Fomos criados para amarmos e nos relacionarmos com o Pai. Ele é o nosso galardão e o nosso tesouro. A vida sem Ele não faz o menor sentido. Você já parou por alguns segundos e se perguntou: “Por que estou aqui na Terra?” Não existe outra resposta senão esta: ser a imagem de Deus e se relacionar com Ele através de uma aliança de amor. Podemos procurar qualquer outra coisa para preencher nosso tempo. Podemos gastar nosso dinheiro, nossa força vital e todo nosso esforço para conquistarmos um bom emprego e um “excelente padrão de vida”, mas nunca acharemos a resposta para o vazio. Ou podemos doar tudo aos pobres e ainda não sermos completos. Não é o que fazemos que nos torna completos, mas a nossa inserção nesta Aliança de amor que nos conecta ao plano de ser um povo peculiar.

Talvez os Israelitas quisessem um rei porque seria mais fácil ouvir um homem do que ouvir ao Senhor. Ouvir a Deus requer momentos de solitude, meditar na sua Palavra, relacionar-se com Deus e com irmãos, etc. Quando ouvimos a sua voz recebemos sua direção e então podemos fazer/agir. Muitas vezes nos deparamos com perguntas difíceis de se responder, como: É certo ter um carro zero? É certo ter dinheiro? É certo cantar música secular? Esse tipo de pergunta se responde de formas diferentes para cada um. O Senhor conhece nossos corações e sabe das nossas necessidades. Ele tem um plano particularmente sobrenatural para cada pessoa. Em uma relação com o Senhor podemos obter respostas e direcionamento. Essa é a diferença. Não é que não podemos fazer – o que não podemos é fazer as coisas fora da vontade Dele.

Sejamos o Seu povo e Ele, o nosso Deus. Sigamos sua direção e reconheçamos sua majestade e autoridade! Que possamos ouvir a sua voz através de um relacionamento íntimo e foquemos nossa atenção em seu plano eterno. Amém!

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A centralidade de Cristo

Atualmente são muitas as vozes que ecoam em nossas mentes. Elas nos pressionam quanto aos afazeres e as responsabilidades deste mundo. Contudo, em muitos casos, nós mesmos criamos essas vozes ao nos preocuparmos com o que devemos fazer para Deus, qual papel devemos ocupar no Reino, o que podemos fazer para agradarmos ao Senhor. Esquecemos que não precisamos ficar ansiosos (Mateus 6:25; Filipenses 4:6).

Muitas vezes pensamos que por estarmos preocupados demasiadamente com a obra de Deus temos uma mente correta. Só que o nosso servir não é um fim em si mesmo. Devemos vigiar para que em nossa mente não ecoem somente tais preocupações.

O fato é que o Senhor Jesus precisa ser o centro de nossos pensamentos e o nosso combustível para viver. Sem Ele não há Reino, Evangelho, nem esperança de vida pra nós, pois Ele foi o Cordeiro da propiciação pelos nossos pecados. Em João 6:35 Jesus afirma “Eu sou o pão de vida”.

Temos a urgente necessidade de reconhecer a centralidade de Cristo como a única maneira de vivermos plenamente e agradarmos ao Pai. E não apenas reconhecermos, mas conhecermos, ou seja, entendermos de tal forma esse princípio até vivermos com Cristo no centro de nossa existência.

Podemos conhecer Jesus e ter um relacionamento com Ele. SÓ ASSIM SEREMOS COMPLETOS. Ele é a Palavra Viva (João 1), Ele é o Verbo. Como poderemos cumprir a Palavra (obras) sem conhecê-la? Parece que muitos cristãos hoje em dia não reconhecem a profundidade desta realidade:


"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo que enviaste" – João 17:3.

A vida eterna é conhecer o Senhor! Deixar que a vida Dele encha-nos e todos os aspectos da nossa vida girem em torno Dele. ELE NO CENTRO! Se Cristo hoje estivesse no centro da sua vida você não se sentiria tão normal ao fazer algo que Ele abomina. Você se sentiria mais realizado e completo, confiaria 100% no amor Dele por você. Com Ele no centro, boas ações não são meramente atos mecânicos para limparmos nossas consciências, mas são o reflexo de uma vida transformada.

Não adianta querermos cumprir toda a Bíblia sem Jesus. Ele é a pessoa mais importante da Bíblia:


"Os quatro Evangelhos são, por todos os critérios, a parte mais importante da Bíblia. São mais importantes do que o resto da Bíblia e mais importantes do que a soma de todos os livros do mundo inteiro. Melhor seria ficar sem o conhecimento de tudo mais, do que ficar sem o conhecimento de Jesus Cristo. Os livros da Bíblia que precedem os evangelhos estão antecipando, anunciando e contemplando o herói dos quatro evangelhos; e os livros posteriores estão procurando explicá-lo melhor."¹


Conhecer Jesus não é só realmente importante, é vital! Na igreja estudamos sobre vários temas, entretanto, o tema mais importante deve ser conhecer Jesus – isso inclui teoria, mas, principalmente, muita prática.

Jesus nos quatro Evangelhos
Os quatro Evangelhos nos dão quatro visões diferentes de Jesus. Não há outro homem na Bíblia que tenha quatro versões de sua vida registradas. Davi, por exemplo, teve duas versões (2 Samuel e 1 Crônicas).

Através do estudo dos quatro Evangelhos podemos conhecer as características do nosso Senhor, muito sobre seus ensinamentos, e a melhor parte em minha opinião: sua morte e ressurreição, que nos possibilitam ter uma nova vida. Porém, mais do que simplesmente saber, precisamos da revelação de sua pessoa.


Jesus no Evangelho de Mateus

O livro de Mateus foi escrito principalmente para os judeus e é por isso que possui muitas citações do Velho Testamento, porque para os judeus isso é importante. Esse Evangelho enfatiza a figura de Jesus como um rei (Rei de Israel).

Mateus não o escreveu em ordem cronológica, mas o organizou em tópicos. O sermão do monte, por exemplo, é uma coletânea de vários ensinamentos que podemos encontrar espalhados no livro de Lucas. Mateus era um dos doze discípulos e viu o Senhor de perto.


Jesus no Evangelho de Marcos

Este Evangelho foi escrito para os romanos, por isso é mais curto e cheio de ação. Os romanos eram muito práticos. Marcos é um livro mais focado nos acontecimentos. Ele usa palavras enfáticas como “imediatamente” e “logo”. Este livro mostra Jesus como servo e seu poder para libertar. Marcos foi discípulo de Pedro.


Jesus no Evangelho de Lucas

O livro de Lucas foi escrito para os gregos e enfatiza a humanidade de Jesus. Ele mostra as atitudes de Cristo e tem mais parábolas do que os outros Evangelhos. Lucas era médico e parece que era um gentio convertido ao judaísmo. Pode ser talvez o único autor não-judeu da Bíblia. Ele não conheceu o Mestre pessoalmente, mas foi discípulo de Paulo. Pela riqueza de detalhes, provavelmente entrevistou pessoas próximas a Jesus pra escrever seu Evangelho.


Jesus no Evangelho de João

João escreveu seu livro em um estilo totalmente diferente dos outros. Podemos perceber tal estilo já no primeiro verso do primeiro capítulo: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus...” Isso pode vir do fato de que ele era o discípulo mais próximo do Mestre (Jo 13:23-25; 19:26; 21: 20-24;). Seu Evangelho possui um nível de revelação muito alto. João era pescador, mas escreveu a grande revelação de Jesus – o Apocalipse. Esse Evangelho tem como enfoque a divindade de Jesus.


Os Evangelhos mostram que Jesus nasceu gerado pelo Espírito Santo de uma virgem, viveu na Terra e fez muitos milagres. Porém, como já dito anteriormente, a “melhor parte” é sem dúvida sua morte e ressurreição.


Dados:
 Um terço dos livros de Mateus e Marcos, um quarto do livro de Lucas e metade do livro de João falam da última semana da vida de Jesus.
 Dois Evangelhos falam sobre o nascimento de Jesus (Mateus e Marcos).
 Se apurarmos todos os acontecimentos da vida de Jesus nos quatro Evangelhos, temos no total apenas uns quarenta dias.


Os Evangelhos e os quatro seres viventes

Cada um dos quatro Evangelhos mostra o Senhor Jesus como um dos quatro seres viventes:

-Mateus – Jesus como rei – o leão
-Marcos – Jesus como servo – o boi
-Lucas – Jesus como filho do homem – o homem
-João – Jesus como o filho de Deus, visão celestial de Jesus – a águia

Não é por acaso que temos quatro Evangelhos em vez de três ou cinco. Os quatro revelam os quatro ângulos pelos quais podemos ver Jesus. Precisamos vê-lo! Isso requer vontade da nossa parte. Ver Jesus, conhecê-lo e testemunhá-lo fala de intimidade e amizade que precisamos ter.

Os discípulos escreveram os Evangelhos porque O conheciam, mesmo que não pessoalmente. Quando o Senhor for o centro em nós, seremos cartas vivas.
Convido você a embarcar nessa jornada comigo. Ele como o Centro! Só assim teremos vida eterna. Amém!

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

¹Texto inspirado na série "As nove divisões da bíblia" de John Walker

O Preço da Desobediência



“Obedecer é melhor do que oferecer sacrifícios, e o atender, melhor que a gordura de carneiros.” 1 Sm 15:22

Existe uma necessidade hoje, como igreja, de ouvirmos a voz do Senhor. Precisamos andar segundo o seu propósito e segui-lo por onde quer que ele vá. Vemos muitos irmãos ignorando a voz de Deus, andando segundo suas próprias decisões e vontades, ainda que tais intenções sejam as melhores possíveis. Essas atitudes independentes se caracterizam na Bíblia como desobediência a Deus. A desobediência pode matar reis e fazer cair toda a humanidade.

Em 1 Samuel podemos conhecer a história de Saul: um rapaz da tribo de Benjamim que se torna rei de Israel. O povo havia pedido um rei para ser como as outras nações, e o Senhor lhes concedeu Saul – um homem alto, forte e formoso. Contudo, ao chegarmos ao capítulo 15 deste livro, nos deparamos com a rejeição de Deus com relação a Saul, e a destituição dele e de sua descendência do reinado de Israel.

No versículo 3 do capítulo 15 o Senhor dá uma ordem a Saul: “Vá agora, ataca os amalequitas e os destrói totalmente com tudo o que tiverem. Nada poupes...” Saul, então, parte para a batalha e obtém a vitória sobre aquele povo. Porém, poupou o rei amalequita e preservou os melhores animais a fim de oferecê-los ao Senhor. Ele destruiu todo o resto, e estava alegre. Em seu coração tinha a sensação do dever cumprido. Tinha tão somente separado os melhores animais para o Senhor! Só que essas boas intenções custaram-lhe o reinado! O Senhor se enfureceu, pois Ele não queria sacrifício algum daquele despojo. Ele queria obediência! Ele rejeitou a palavra do Senhor e, em consequência, o Senhor também o rejeitou. Ele perdeu seu reinado!

Irmãos, podemos possuir as melhores intenções do mundo, mas não podemos executar aquilo que o Senhor não quer que façamos! Hoje estamos cheios de rituais e eventos, e fazemos tudo o que está em NOSSO coração. Saul teve ótimas intenções, mas seu fim foi ter sua cabeça como prêmio de seus inimigos, e sua descendência foi destruída também. Precisamos parar em oração e nos movermos de acordo com as diretivas de nosso Rei.

As iniciativas humanas sem a direção do Senhor só construirão torres como a de Babel (Gênesis 11), ou seja, confusão sobre a Terra. Até quando vamos continuar caminhando independentemente? Até quando vamos querer que Deus carimbe nossos projetos que não são fruto de uma vida espiritual, mas sim da inquietação de nossa carne? Ele não quer que você sacrifique o que Ele não pediu. Que o Hoje seja dia de parar – e só se mova quando a nuvem se mover (Êx 13:21)!

Danielly F. Bravo
Revisão de Luciano Motta

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Quem sou



Danielly F. Bravo 24 anos casada com Fábio Bravo, cursa pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Compositora e cantora, serve como uma das líderes de adoração da equipe ministerial Extrema Devoção.Congrega em uma igreja nos lares em São Gonçalo RJ.