sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Compreendendo as Alianças (Parte II)

A palavra “aliança” pode ser entendida como um compromisso ou uma associação entre duas ou mais pessoas. Esse tema percorre toda a Escritura. O próprio Deus opera por meio de alianças com homens e mulheres, a fim de estabelecer o Seu propósito na Terra. Essas alianças envolvem nossas vidas e nosso destino.

A finalidade de uma aliança é trazer realização para que se consiga atingir uma missão desejada. Aliança não é um relacionamento universal e, sim, específico. Não podemos – e nem devemos – ter aliança com todas as pessoas que conhecemos. Em Deuteronômio 7:2-5 podemos ver o Senhor advertindo o povo a não fazer aliança com outros povos. Por quê? Eles certamente desviariam a atenção do povo quanto ao Seu propósito. Da mesma forma nós não devemos nos associar com quem não nos ajuda a correr para o alvo, mesmo que esta pessoa seja cristã.

Vejamos a seguir alguns pontos relevantes para a construção de alianças segundo a vontade de Deus:

1- Precisamos conhecer a aliança de Deus conosco.
Para termos aliança uns com os outros primeiramente precisamos nos ver como povo de Deus e conhecermos Suas alianças através da história. Desta forma entenderemos a importância e o valor de uma verdadeira aliança. Precisamos nos enxergar como povo Dele para compreendermos como as alianças feitas com Adão, Abraão, Moisés, Davi, dentre outros, também nos alcançam e nos afetam. Para um estudo mais específico, leia “As Sete Alianças” (Worship Produções).

2- Precisamos saber qual é a nossa missão.
Como já foi dito anteriormente, as alianças nos ajudam a realizar completamente a missão que Deus nos confiou. Talvez você não saiba com total clareza qual é sua missão específica. Contudo, geralmente temos uma idéia do que podemos fazer no Reino. Com isso, temos também uma ideia do que não podemos fazer. Uma vida de íntimo relacionamento com o Pai nos leva ao entendimento de quem somos e de qual é a nossa missão.

3- Devemos fazer alianças com as partes do Corpo que sejam próximas a nós.
A importância de entendermos nossa missão implica em entendemos nosso lugar. Um braço no Corpo teria natural aliança com uma mão ou um ombro, não com uma perna (Efésios 4: 12-16). As alianças devem ser feitas com pessoas que tenham uma compatibilidade com seu propósito específico.

4- O relacionamento de aliança é feito entre poucas pessoas.
“É impossível que uma pessoa tenha um relacionamento de aliança, que seja realmente significativo, com toda a comunidade redimida do mundo todo... Os sociólogos ensinam que cada pessoa pode ter um relacionamento significativo com apenas doze pessoas, no máximo. Os cientistas mostram que na estrutura atômica do universo, o número máximo de átomos que podem ter contato direto entre si é doze” (Ern Baxter). O próprio Jesus escolheu doze discípulos para ter aliança e relacionamento íntimo... Você tem algum amigo ou conhece alguém que é amigo de todo mundo? Na realidade se ele é amigo de todo mundo, então não é amigo de ninguém. Seu relacionamento é extenso como o mar, porém profundo como uma piscina de neném!

5- A aliança não é feita de uma hora para outra.
Existe uma progressão. Acontecimentos nos unem a esse ou àquele irmão. Não fazemos aliança com qualquer pessoa.

6- Custa a nossa vida.
A aliança custa a nossa vida. Até chegarmos ao ponto de darmos tudo pelo irmão leva tempo, dinheiro e muitas outras coisas. Leia 2 Samuel. A história de Davi e Jônatas é um exemplo para nós.

7- Revela quem somos

Não há momento mais tentador para roubarmos a glória de Deus do que quando estamos realizando a vontade Dele. Pois quando tudo está dando certo, precisamos nos lembrar de que não somos super heróis! Somente aliançados com Ele e com irmãos que nos revelem a sua vontade, conseguimos expor nossa nudez e fragilidade, para que Ele receba toda a glória.

Danielly F. Bravo
Revisão de Luciano Motta