quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como as outras nações?

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxodo19:5,6)

O Senhor sempre desejou um Reino de sacerdotes e um povo peculiar. Ele criou Adão e Eva para serem sua imagem na Terra e possuirem um relacionamento com Ele de comunhão e confiança. Através de Abraão e de sua descendência, o Senhor sonhou com um povo na Terra que fosse só Dele.

Hoje, através da Nova Aliança com Jesus, cremos que somos esse povo desejado pelo Senhor desde a fundação do mundo. Somos uma Nação Santa, separada para a comunhão com o Pai. Uma nação que não se amolda aos padrões deste mundo, e que anunciará o ano aceitável do Senhor. A um certo ponto desta afirmação começo a me questionar se realmente estamos agindo de acordo com esta Aliança.

Em 1 Samuel 8 vemos claramente o povo de Deus pedindo um rei para que eles pudessem ser como as outras nações: “Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel. E disseram: Não importa! Queremos um rei sobre nós, para que sejamos como todas as demais nações, e para que o nosso rei nos julgue, nos lidere e lute em nossas batalhas” (Vs 19 , 20). O povo queria um rei, mas Deus mesmo queria ser esse Rei. Eles queriam ser como os outros povos rejeitando a aliança de Deus com seu pai Abraão.

Essa passagem traz consigo uma reflexão sobre os nossos dias. Como temos vivido nossas vidas? Como uma Nação Santa ou como as demais nações? Ou pior: estamos querendo ser Nação Santa, mas desejando a estrutura de outros reinos? Estamos preocupados com nosso bem estar, e nos comparando a outros?

Deus tem um plano peculiar para seu povo. Se somos realmente esse povo, precisamos segui-lo e não desejar as coisas de outros reinos. Ele é o nosso Rei, Ele supre todas as nossas necessidades. Não precisamos desejar as iguarias da Babilônia (Dn1:8) e, sim, nos fortificarmos com o alimento espiritual vindo diretamente do trono de Deus. O mundo possui muitas cores e muitas coisas que, para muitos, podem ser atraentes: carro, dinheiro, fama, etc. Mas aqueles que estão firmados na Aliança do Senhor não possuem o coração nestas coisas e nem as desejam, porque não pretendem ser como as pessoas deste mundo. Seus corações estão firmes no Senhor e suas convicções não mudam com a moda.

Fomos criados para amarmos e nos relacionarmos com o Pai. Ele é o nosso galardão e o nosso tesouro. A vida sem Ele não faz o menor sentido. Você já parou por alguns segundos e se perguntou: “Por que estou aqui na Terra?” Não existe outra resposta senão esta: ser a imagem de Deus e se relacionar com Ele através de uma aliança de amor. Podemos procurar qualquer outra coisa para preencher nosso tempo. Podemos gastar nosso dinheiro, nossa força vital e todo nosso esforço para conquistarmos um bom emprego e um “excelente padrão de vida”, mas nunca acharemos a resposta para o vazio. Ou podemos doar tudo aos pobres e ainda não sermos completos. Não é o que fazemos que nos torna completos, mas a nossa inserção nesta Aliança de amor que nos conecta ao plano de ser um povo peculiar.

Talvez os Israelitas quisessem um rei porque seria mais fácil ouvir um homem do que ouvir ao Senhor. Ouvir a Deus requer momentos de solitude, meditar na sua Palavra, relacionar-se com Deus e com irmãos, etc. Quando ouvimos a sua voz recebemos sua direção e então podemos fazer/agir. Muitas vezes nos deparamos com perguntas difíceis de se responder, como: É certo ter um carro zero? É certo ter dinheiro? É certo cantar música secular? Esse tipo de pergunta se responde de formas diferentes para cada um. O Senhor conhece nossos corações e sabe das nossas necessidades. Ele tem um plano particularmente sobrenatural para cada pessoa. Em uma relação com o Senhor podemos obter respostas e direcionamento. Essa é a diferença. Não é que não podemos fazer – o que não podemos é fazer as coisas fora da vontade Dele.

Sejamos o Seu povo e Ele, o nosso Deus. Sigamos sua direção e reconheçamos sua majestade e autoridade! Que possamos ouvir a sua voz através de um relacionamento íntimo e foquemos nossa atenção em seu plano eterno. Amém!

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A centralidade de Cristo

Atualmente são muitas as vozes que ecoam em nossas mentes. Elas nos pressionam quanto aos afazeres e as responsabilidades deste mundo. Contudo, em muitos casos, nós mesmos criamos essas vozes ao nos preocuparmos com o que devemos fazer para Deus, qual papel devemos ocupar no Reino, o que podemos fazer para agradarmos ao Senhor. Esquecemos que não precisamos ficar ansiosos (Mateus 6:25; Filipenses 4:6).

Muitas vezes pensamos que por estarmos preocupados demasiadamente com a obra de Deus temos uma mente correta. Só que o nosso servir não é um fim em si mesmo. Devemos vigiar para que em nossa mente não ecoem somente tais preocupações.

O fato é que o Senhor Jesus precisa ser o centro de nossos pensamentos e o nosso combustível para viver. Sem Ele não há Reino, Evangelho, nem esperança de vida pra nós, pois Ele foi o Cordeiro da propiciação pelos nossos pecados. Em João 6:35 Jesus afirma “Eu sou o pão de vida”.

Temos a urgente necessidade de reconhecer a centralidade de Cristo como a única maneira de vivermos plenamente e agradarmos ao Pai. E não apenas reconhecermos, mas conhecermos, ou seja, entendermos de tal forma esse princípio até vivermos com Cristo no centro de nossa existência.

Podemos conhecer Jesus e ter um relacionamento com Ele. SÓ ASSIM SEREMOS COMPLETOS. Ele é a Palavra Viva (João 1), Ele é o Verbo. Como poderemos cumprir a Palavra (obras) sem conhecê-la? Parece que muitos cristãos hoje em dia não reconhecem a profundidade desta realidade:


"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo que enviaste" – João 17:3.

A vida eterna é conhecer o Senhor! Deixar que a vida Dele encha-nos e todos os aspectos da nossa vida girem em torno Dele. ELE NO CENTRO! Se Cristo hoje estivesse no centro da sua vida você não se sentiria tão normal ao fazer algo que Ele abomina. Você se sentiria mais realizado e completo, confiaria 100% no amor Dele por você. Com Ele no centro, boas ações não são meramente atos mecânicos para limparmos nossas consciências, mas são o reflexo de uma vida transformada.

Não adianta querermos cumprir toda a Bíblia sem Jesus. Ele é a pessoa mais importante da Bíblia:


"Os quatro Evangelhos são, por todos os critérios, a parte mais importante da Bíblia. São mais importantes do que o resto da Bíblia e mais importantes do que a soma de todos os livros do mundo inteiro. Melhor seria ficar sem o conhecimento de tudo mais, do que ficar sem o conhecimento de Jesus Cristo. Os livros da Bíblia que precedem os evangelhos estão antecipando, anunciando e contemplando o herói dos quatro evangelhos; e os livros posteriores estão procurando explicá-lo melhor."¹


Conhecer Jesus não é só realmente importante, é vital! Na igreja estudamos sobre vários temas, entretanto, o tema mais importante deve ser conhecer Jesus – isso inclui teoria, mas, principalmente, muita prática.

Jesus nos quatro Evangelhos
Os quatro Evangelhos nos dão quatro visões diferentes de Jesus. Não há outro homem na Bíblia que tenha quatro versões de sua vida registradas. Davi, por exemplo, teve duas versões (2 Samuel e 1 Crônicas).

Através do estudo dos quatro Evangelhos podemos conhecer as características do nosso Senhor, muito sobre seus ensinamentos, e a melhor parte em minha opinião: sua morte e ressurreição, que nos possibilitam ter uma nova vida. Porém, mais do que simplesmente saber, precisamos da revelação de sua pessoa.


Jesus no Evangelho de Mateus

O livro de Mateus foi escrito principalmente para os judeus e é por isso que possui muitas citações do Velho Testamento, porque para os judeus isso é importante. Esse Evangelho enfatiza a figura de Jesus como um rei (Rei de Israel).

Mateus não o escreveu em ordem cronológica, mas o organizou em tópicos. O sermão do monte, por exemplo, é uma coletânea de vários ensinamentos que podemos encontrar espalhados no livro de Lucas. Mateus era um dos doze discípulos e viu o Senhor de perto.


Jesus no Evangelho de Marcos

Este Evangelho foi escrito para os romanos, por isso é mais curto e cheio de ação. Os romanos eram muito práticos. Marcos é um livro mais focado nos acontecimentos. Ele usa palavras enfáticas como “imediatamente” e “logo”. Este livro mostra Jesus como servo e seu poder para libertar. Marcos foi discípulo de Pedro.


Jesus no Evangelho de Lucas

O livro de Lucas foi escrito para os gregos e enfatiza a humanidade de Jesus. Ele mostra as atitudes de Cristo e tem mais parábolas do que os outros Evangelhos. Lucas era médico e parece que era um gentio convertido ao judaísmo. Pode ser talvez o único autor não-judeu da Bíblia. Ele não conheceu o Mestre pessoalmente, mas foi discípulo de Paulo. Pela riqueza de detalhes, provavelmente entrevistou pessoas próximas a Jesus pra escrever seu Evangelho.


Jesus no Evangelho de João

João escreveu seu livro em um estilo totalmente diferente dos outros. Podemos perceber tal estilo já no primeiro verso do primeiro capítulo: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus...” Isso pode vir do fato de que ele era o discípulo mais próximo do Mestre (Jo 13:23-25; 19:26; 21: 20-24;). Seu Evangelho possui um nível de revelação muito alto. João era pescador, mas escreveu a grande revelação de Jesus – o Apocalipse. Esse Evangelho tem como enfoque a divindade de Jesus.


Os Evangelhos mostram que Jesus nasceu gerado pelo Espírito Santo de uma virgem, viveu na Terra e fez muitos milagres. Porém, como já dito anteriormente, a “melhor parte” é sem dúvida sua morte e ressurreição.


Dados:
 Um terço dos livros de Mateus e Marcos, um quarto do livro de Lucas e metade do livro de João falam da última semana da vida de Jesus.
 Dois Evangelhos falam sobre o nascimento de Jesus (Mateus e Marcos).
 Se apurarmos todos os acontecimentos da vida de Jesus nos quatro Evangelhos, temos no total apenas uns quarenta dias.


Os Evangelhos e os quatro seres viventes

Cada um dos quatro Evangelhos mostra o Senhor Jesus como um dos quatro seres viventes:

-Mateus – Jesus como rei – o leão
-Marcos – Jesus como servo – o boi
-Lucas – Jesus como filho do homem – o homem
-João – Jesus como o filho de Deus, visão celestial de Jesus – a águia

Não é por acaso que temos quatro Evangelhos em vez de três ou cinco. Os quatro revelam os quatro ângulos pelos quais podemos ver Jesus. Precisamos vê-lo! Isso requer vontade da nossa parte. Ver Jesus, conhecê-lo e testemunhá-lo fala de intimidade e amizade que precisamos ter.

Os discípulos escreveram os Evangelhos porque O conheciam, mesmo que não pessoalmente. Quando o Senhor for o centro em nós, seremos cartas vivas.
Convido você a embarcar nessa jornada comigo. Ele como o Centro! Só assim teremos vida eterna. Amém!

Danielly Bravo
Revisão de Luciano Motta

¹Texto inspirado na série "As nove divisões da bíblia" de John Walker

O Preço da Desobediência



“Obedecer é melhor do que oferecer sacrifícios, e o atender, melhor que a gordura de carneiros.” 1 Sm 15:22

Existe uma necessidade hoje, como igreja, de ouvirmos a voz do Senhor. Precisamos andar segundo o seu propósito e segui-lo por onde quer que ele vá. Vemos muitos irmãos ignorando a voz de Deus, andando segundo suas próprias decisões e vontades, ainda que tais intenções sejam as melhores possíveis. Essas atitudes independentes se caracterizam na Bíblia como desobediência a Deus. A desobediência pode matar reis e fazer cair toda a humanidade.

Em 1 Samuel podemos conhecer a história de Saul: um rapaz da tribo de Benjamim que se torna rei de Israel. O povo havia pedido um rei para ser como as outras nações, e o Senhor lhes concedeu Saul – um homem alto, forte e formoso. Contudo, ao chegarmos ao capítulo 15 deste livro, nos deparamos com a rejeição de Deus com relação a Saul, e a destituição dele e de sua descendência do reinado de Israel.

No versículo 3 do capítulo 15 o Senhor dá uma ordem a Saul: “Vá agora, ataca os amalequitas e os destrói totalmente com tudo o que tiverem. Nada poupes...” Saul, então, parte para a batalha e obtém a vitória sobre aquele povo. Porém, poupou o rei amalequita e preservou os melhores animais a fim de oferecê-los ao Senhor. Ele destruiu todo o resto, e estava alegre. Em seu coração tinha a sensação do dever cumprido. Tinha tão somente separado os melhores animais para o Senhor! Só que essas boas intenções custaram-lhe o reinado! O Senhor se enfureceu, pois Ele não queria sacrifício algum daquele despojo. Ele queria obediência! Ele rejeitou a palavra do Senhor e, em consequência, o Senhor também o rejeitou. Ele perdeu seu reinado!

Irmãos, podemos possuir as melhores intenções do mundo, mas não podemos executar aquilo que o Senhor não quer que façamos! Hoje estamos cheios de rituais e eventos, e fazemos tudo o que está em NOSSO coração. Saul teve ótimas intenções, mas seu fim foi ter sua cabeça como prêmio de seus inimigos, e sua descendência foi destruída também. Precisamos parar em oração e nos movermos de acordo com as diretivas de nosso Rei.

As iniciativas humanas sem a direção do Senhor só construirão torres como a de Babel (Gênesis 11), ou seja, confusão sobre a Terra. Até quando vamos continuar caminhando independentemente? Até quando vamos querer que Deus carimbe nossos projetos que não são fruto de uma vida espiritual, mas sim da inquietação de nossa carne? Ele não quer que você sacrifique o que Ele não pediu. Que o Hoje seja dia de parar – e só se mova quando a nuvem se mover (Êx 13:21)!

Danielly F. Bravo
Revisão de Luciano Motta

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Quem sou



Danielly F. Bravo 24 anos casada com Fábio Bravo, cursa pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Compositora e cantora, serve como uma das líderes de adoração da equipe ministerial Extrema Devoção.Congrega em uma igreja nos lares em São Gonçalo RJ.